quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


Somos assim seres tão inconstantes,
Ao mesmo tempo  que apreciamos um desejo
Que permitimos nos preencher pelas sensações
Que percebemos que o fogo surge vagarosamente,
Que algo  esta nos envolvendo
Que os alicerces das barreiras de proteção
Foram arrancadas, estraçalhadas
Sem relutarmos,

Acovardamos e dissolvemos esse momento a pó
Desfazemos das aberturas
Eliminamos toda tentativa do Sentir
Do querer
Do poder
Do  desejar

Nos corroemos  pelo orgulho
Pela fraqueza de não mais querer experimentar,
Arriscar,
Se jogar,

A vida nos traz, nos tira, nos devolve...
Nós buscamos, tiramos, e devolvemos,
Não há nada mais objetivo, mais claro
Somos meros interpretes de entrelinhas,

Por quê?
Não se fecha mais os olhos e caminhe
Flutue,
Deslize,
Sonhe,
Viagem...

Por quê?
Não arranque as armaduras e simplesmente se deixe
Sentir,
Perceber,
Permitir...

Por quê?
Esse medo frustrante de não mais querer
Não mais arriscar,
Não mais acreditar no possível,

Não somos imperfeitos na totalidade,
Nos  alimentamos secretamente de sonhos,
De encantos,
De magias,

E assim nesses desejos de faz de conta
Deixemos que  a pureza e a sensibilidade,
Transborde ao redor,
Porque viver é respirar a leveza das coisas

Em sua essência mais plena.

Um mergulho



Eu quis te encontrar por aí
Flertar seus olhos
Desvendar seus mistérios.
Você se escondeu tantas vezes
Se esquivou, se defendeu
E aqui estou eu, preenchida de pensamentos,
Desconecta ao raciocínio lógico do sentir.
E foi assim inesperadamente
Que te vi chegar  e me confundir
Dia e noite você tem entrado em mim
Segundos e minutos eu tenho desejado correr pra você
Vontades e desejos
De me perder nesse seu infinito olhar
De mergulhar dentro do mar azul
Que escorre profundamente dos seus olhos
 E mesmo que não soubesse nadar
Me  jogaria nesse teu oceano,
Ficaria a deriva  nas suas ondas profundas
Na esperança de te encontrar verdadeiramente.